quarta-feira, 29 de outubro de 2008




Alunos selecionam textos jornalísticos para montagem de Jornal Mural na sala de aula e recebem acompanhamento em visita à biblioteca da escola.


Refletindo sobre o livro didático

O encontro destinado à análise do livro didático mostrou-se muito proveitoso. Cada aluno levou o livro em uso com os seus alunos e apresentou para a turma algumas considerações. Foram abordados aspectos como: projeto gráfico, proposta de atividades para produção de texto, projeto de estímulo à leitura.

Concluímos que o livro didático é um valioso recurso pedagógico, mas que a sua escolha deve levar em conta questões como: qual a noção de língua adotada ou sugerida nele? Ele propõe atividades ligadas à oralidade? Oferece textos diversificados? Ensina a produzir textos?

Foi mencionado que o livro didático surgiu como uma resposta à necessidade de auxiliar o professor no seu trabalho, em uma época em que não existiam tantas universidades e instituições para formar professores. Diante da universalização do ensino, a demanda por professores cresceu de maneira expressiva e mesmo aqueles que eram professores “leigos” passaram a assumir turmas. Estes professores recebiam o manual didático para que tivessem diretrizes que norteassem o seu trabalho.

Os primeiros livros didáticos apresentavam problemas ligados à representação estereotipada de minorias como negros e mulheres. No caso dos livros de história se privilegiava uma versão “romanceada” que contribua em pouco para formar cidadãos críticos.

Hoje, o Ministério da Educação formulou critérios rigorosos sobre os quais os livros devem se orientar. Para ser selecionado o livro precisa passar pelo crivo de professores e obedecer a uma série de pré requisitos.

Vale destacar que um professor pesquisador, terá, também sobre o livro didático, um olhar lúcido. Além de avaliar as questões aqui apontadas e outras tantas sugeridas pelo MEC, o educador deverá observar também a compatibilidade deste livro com o perfil dos seus alunos. De alguma maneira aquele livro deve dialogar com a realidade do público a que se destina, deve fazer sentido para ele. Mesmo porque, concluímos no curso, que só o livro didático não daria conta, por exemplo, de por si só formar leitores.

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